Mente e beleza

Existe um valor generativo da beleza, tanto quando vem de uma obra quanto de uma pessoa ou situação. Nas atividades laborais e na vida quotidiana, tudo depende de quanto espaço nos resta para a nossa liberdade de imaginação e inovação na educação, no trabalho e na vida.

Em comparação com o tempo profundo da evolução, desde tempos muito recentes estamos criando signos para o outro, mostrando que sentimos o que o outro sente. Assim, podemos reconhecer que trabalhamos nossa distinção biológico-evolutiva em direção a uma fenomenologia na qual a imaginação e a criatividade desempenham um papel constitutivo e gerador. Não é no reconhecimento e na representação do real que consiste a experiência de criar e conhecer,

mas na consideração da realidade como uma cifra, um código referente à ulterioridade do sentido, ao qual se referem a incompletude de toda experiência e a falta, já propondo o além e o possível.

Na ruptura de todo horizonte em que se poderia concluir está tanto a realização da clareza racional do conhecer, quanto sua geradora incompletude criativa que se refere ao ‘não-ainda’. Entre a tendência à simplificação e a tensão referencial, são gerados criatividade e conhecimento que são possíveis devido à nossa continuidade evolutiva original e às nossas características emergentes e neurofenomenologicamente distintivas.