Ser irmã do Anselmo é uma história que não me canso de contar. Quando eu tinha oito anos, e o Anselmo estava com vinte, corria atrás do meu irmão para ele não botar o dedo na tomada, berrava quando ele espalhava dinossauros pelo meu quarto, e lembrava que o almoço estava na mesa, enquanto ele sujava patos de borracha para dar banho neles e voava num foguete de papelão pelo céu da nossa casa. A mãe andava atrás do Anselmo, na sala, no quarto, na cozinha, no banheiro, por onde quer que ele fosse. Tinha vezes que eu andava atrás da mãe. Também queria que ela andasse um pouco atrás de mim...